2009-06-22

FOi no que DEU! 007

















Em caso de irritação, procure um médico
ou Troque suas panelas por 60 selos numerados,…

por Fábio “Blablonski” Martins

Eu gosto de alguns filmes especificamente por um detalhe… porque eles acabam mais de uma vez… porque você acha que agora sim vai dar tudo errado e já se pode até ir levantando pra ir embora, mas algo (re)coloca as peças em jogo novamente. Isso pode acontecer mais de uma vez dentro do filme… depois pode ser que ocorra um desfecho, algo que bastaria, mas algo mais surge e dá mais um impulso e te leva ao final definitivo. Como é bom estar positivamente equivocado.

Os filmes de fato eu não preciso citar/listar. Até aqui basta este aspecto. A sucessão de finais.

As grandes coisas das histórias parecem desfilar quando as vemos pela primeira vez. Claro que podemos ver um filme ou ouvir uma música mais de uma vez e então perceber que algumas fichas vão caindo, mas viajar pelo desconhecido tem outro sabor. Descobrir. Poderia ser algum tipo de conformismo visto que a vida em si não permite adiantar o andamento para se dar uma espiada no que está por vir ou reviver algo efetivamente. Espero que não seja isso.

Como conhecer algo? Muitos caminhos…

Podemos esperar que venha, que caia na nossa cabeça… que chegue sem a gente pedir, mas corremos o risco de não entender por não querer ver ou até não estar preparados. Dentro desta vertente de conhecimentos semi-prontos, há também a chance de pesquisar em fontes diversas (,mas isso requer um outro elemento…vontade…ou motivação).

Um outro caminho viável é usar a imaginação ou fazer suposições… por exemplo, muitas coisas das quais não sabemos o sabor têm gosto de galinha (ou a galinha tem um gosto semi-universal para coisas não definidas). Logo, diante de um prato com uma carne exótica, a chance de parecer com galinha é imensa. Isto pode ser transposto para outras áreas já que há uma mínima coerência nas coisas mesmo que muitos fatores joguem contra. A criatividade permite tanto atingir uma determinada informação quanto associar elementos de forma não-óbvia criando novos arranjos. Isso vale desde sonhos até os Gedankenexperiment de Einstein.

Como de costume, as alternativas podem ser combinadas em diferentes medidas sem prejudicar o resultado.

Uma outra forma de conhecer algo é amar esse algo… Se a palavra amar ofende alguém ou prejudica o bom entendimento, tente outra… A questão é estar ligado ao objeto/elemento/coisa que se pretende conhecer. Esta ligação toma força própria,… impulso. Esta vontade carrega consigo um punhado de paciência e boa vontade. O bom-senso? Isso deveria ser usado sempre…

Falando em amor, dá pra citar o Sr. Patch Adams. Já conhecia o filme com o Robin Williams e tomei um grande susto ao ver o verdadeiro Patch no programa Roda Viva da TV Cultura. Ele parecia um tanto irritado com a imagem do filme. Por coisas que ele exagerava e por outras que não carregava. Ressaltava energéticamente que nunca disse que “sorrir é o melhor remédio”, mas que o grande elemento naquilo tudo era o amor… e como era difícil para pessoas lidar com ele. Estranho mesmo foi ver alguém falar tanto de amor de forma tão feroz. Ainda vou precisar de tempo pra pensar sobre o assunto (o amor, não a postura do entrevistado) e praticar também.

E nessa idéia de conhecer algo… tudo tem (ou pode ter) uma sequência… sim, apenas não hesite em embarcar em qualquer um dos pontos. A partir dele, pode tentar tomar qualquer um dos sentidos, fazer algo cíclico ou pode mesmo tentar expandir possibilidades.

Tem momentos em que parece estúpido pensar em Newton descobrindo a gravidade. Até por ser algo tão acessível. E muito disso se deve à história disseminada sobre a descoberta que deve ser apenas uma lenda (estava tentando não fazer uma citação recorrente sobre maçãs, mas falhei de novo…). Newton enxergou algo que passou desapercebido, que estava ali o tempo todo, mas era invisível para a grande maioria. Conhecer pode ser dar-se conta…

Você conhece a faixa de Moebius?
















É algo simples. Realmente simples… , mas é tão simples que permite grande complexidade de idéias a partir dela.

Ela foi estudada e/ou “criada” e/ou descoberta por August Ferdinand Moebius em 1865… sendo que Johann Benedict Listing já trabalhava com o mesmo objeto meses antes e ambos fossem alunos de Carl Friedrich Gauss, que poderia ser de fato o pai da criança. Detalhes, detalhes,...

Enfim, a faixa de Moebius é uma fita/faixa que é torcida e ligada a si mesma… gera um caminho infinito em um objeto de superfície não-orientável (?!?) que tem apenas um lado (ainda que você jure de pés juntos que tem dois).

Esta faixa parece estar plenamente interligada com as criações de M. C. Escher, imagens incrivelmente estruturadas e tão coerentes quanto impossíveis.

O que leva até um cartaz do sabão Limol … O cartaz tinha uma moça em uma banheira e alguns outros elementos como placas de texto, mas o arranjo tinha algo que causava estranhamento. Havia um erro na sobreposição e ordem dos elementos que tornaria por exemplo arranjar aqueles elementos verdadeiramente em um espaço tridimensional. Era um erro do desenhista, mas um belo erro. O erro fazia as pessoas acharem aquilo estranho e ficavam vendo vendo vendo o cartaz e pra bem ou mal, estavam absorvendo a mensagem do mesmo. Esse foi um erro feliz que funcionou a favor do conjunto.

Qualquer um é livre para achar que este texto é sem sentido ou sem conexões.


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